segunda-feira, 6 de junho de 2011

Brasileiro é foda

Boa noite senhoras e senhores brasileiros,

Me deu vontade de falar desse povo bonito que é o nosso. Bonito mesmo, né? Não vou analisar a parte masculina, deixo essa crítica pro público feminino. Mas as mulheres, meu camarada. Ah sim, essas eu posso falar de boca cheia. Minha admiração por mulheres de fora do Brasil é por mero respeito que um homem deve ter, somado ao fato de que tudo que é diferente chama um pouco de atenção. Não existe competição justa entre olhos azuis e cabelos ruivos de qualquer parte do mundo onde isso seja abundante, com a deliciosa mistura de "cores e raças" e a literal abundância de nosso país. Não é a toa que uma das mais populares (e talvez a única?) festas nacionais do Brasil é puramente um show de bundas, que alguns tímidos tiveram a idéia de premiar a escola mais bem-organizada, como desculpa para ficar vendo bundas enormes e formosas montadas em carros alegóricos enfeitados de alguma coisa secundária e sem importância. Me desculpem o machismo, mas essa é a real beleza e finalidade do carnaval. Pergunta pra um gringo o que ele sabe/mais gosta no Brasil, depois vc me fala o top five que ele fez. Se ele não incluiu bunda, carnaval, tráfico e prostituição (nossos maiores planos de hospitalidade) com um sotaque engraçado, é pq ele está mesmo acreditando nessa história de fim do mundo em 2012.

O país é do futebol, e por mais que vcs me odeiem, o futebol é do Flamengo. Blablabla, pode chorar, mas vc sabe que é, não importa o argumento que vc use. 'Ah, não ganha nada' - é hexa, amigão, sem comentários. 'Ah, o time é uma merda' - contamos hoje com R10, Thiago Abominável Homem das Neves e mais um elenco de primeira, e eu não preciso citar as estrelas que já passaram pelo time, né? 'Ah, todo bandido é flamenguista' - mesmo se eu considerasse esse argumento real, o que eu não considero (eu sei que tem um monte que é corinthiano), num país como o Brasil, qualquer bandidagem realizada por um torcedor apaixonado por sua nação deve ser considerada um tributo aos nossos governantes, já que eles fazem por merecer nessa arte. E convenhamos: "futebol não se aprende na escola"

E a política? É um país que preza tanto seus governantes, que trata eles como deuses. Mas sabe como é, né? Manda quem pode, obedece quem paga imposto. A impunidade de nossos 'deuses' é visível, e nós como fiéis fazemos um belo papel: ficamos quietos, aceitamos a punição quando necessária e oferecemos nossos sacrifícios. Sacrifícios cada vez maiores, que serão convertidos em benção ao nosso povo. E quando por algum motivo essa oferenda se desvia, e acaba nunca mais voltando? Relaxa, é um povo fiel. Um povo tão fiel, que segue os princípios de seus deusegovernantes. Até mesmo quando protestamos, desrespeitamos as leis. Em um protesto a favor do passe livre para estudantes, estes impedem a passagem de todos. É o mais clássico exemplos de que reproduzimos o que aprendemos de nossos superiores.

Esse povo me trouxe uma das indagações mais importantes da minha vida até agora: refletindo sobre a invenção da pizza, conclui que muito provavelmente, apesar dos registros históricos, não foram nem italianos, nem egípcios, nem gregos, nem minha mãe quem criou a pizza, e sim nosso povo brasileiro. Bem, se fomos nós mesmo eu não sei, mas uma coisa é verdade: ninguém consegue fazer tudo acabar em pizza como nós!

O interessante desse texto, é que desde o título, até o fim do parágrafo anterior, existem duas formas de interpretação: uma leitura inocente e otimista ou uma leitura com humor irônico. É um teste psicológico pra ver como andam suas esperanças. Isso vai te mostrar mais ou menos se vc está ou não cansado deste cenário que vivemos, dependendo de qual foi sua interpretação do texto. Não tô falando que vc deve odiar a bundalização. Muito menos que deve amar o Flamengo. Nem que vc deve se manifestar contra a impunidade e corrupção no país. Bem, na verdade, essa última eu vou tentar agora.

Hoje uma situação na minha tarde ativou o gatilho que tenho dentro da cabeça. Esse gatilho faz com que várias situações comecem a se agrupar e se organizar, a ponto de formar alguma coisa. Foi assim que comecei esse texto.
Um grande amigo meu, que não conheço desde pequeno, mas pela afinidade temos uma grande amizade, passou pela seguinte situação: foi para a aula com o carro da sogra, coisa que nunca faz, pois utiliza o sistema de transporte coletivo para locomoção (famoso 'busão'). Creio eu, que devido a grande quantidade de sanduíches naturais (feitos carinhosamente pela sua mãe, uma das melhores 'cozinheiras' de quem já tive o prazer de me entupir com seus produtos) que o jovem bolsista vende para auxiliar a renda de sua família, diante da possibilidade, preferiu se utilizar do carro disponível para ele naquele dia. Ao estacionar o carro, recebeu uma leve bronca (da moça do carro ao lado) para que tomasse cuidado ao abrir a porta, apesar do rapaz sequer ter abrido a porta ainda. Assustado com a bronca desnecessária, manobrou o carro e estacionou com mais espaço entre os carros. Subimos para a aula, e ao entrar na sala, ele percebeu que tinha esquecido o jaleco, e voltou no carro para buscar. Ao chegar novamente na sala, me informou que havia aparecido um arranhão na frente do carro.
Sinceramente, sou do tipo ingênuo demais para acreditar nessas coisas. Eu desvio o pensamento para a possibilidade de que aquele arranhão já existia, que um galho tenha caído de um jeito mágico e arranhado ou que o Goku tenha feito aquilo de sacanagem pq ele não leva mais alfajor pra vender na aula. E vivendo essa inocência de que não existe esse tipo de ação no mundo, saio da faculdade para um lanche, quando me deparo com essa cena:

Por algum motivo, eu não consigo entender como um cidadão consegue estacionar seu carro em uma rotatória desse jeito.

Aí paro pra pensar nisso. Esse meu amigo, em algum momento deste dia, disse: "é, acho que pobre tem que se fuder mesmo". Mas é isso? É um ato divino, então? O destino quer assim?
Mas é claro que não! O sistema é tão FUDIDO que pessoas não sabem mais o que é respeito. Respeito por leis, respeito um pelo outro. Você arranha o carro do outro pq não foi com a cara dele. Para numa rotatória pq sabe que não vai acontecer nada. Estaciona na vaga de deficiente físico pq nunca viu uma ocupada, e quando viu, não sabia se era cadeirante. Mas porra, o político pode e eu não? Pega o dinheiro que eu pago suando pra ter saúde e enfia no bolso. Que porra é essa? Tá estranho isso aqui! Pra lutar a favor do meu direito de transporte e estudo, eu fodo com o direito de passagem de outros duzentos! Mas o político pode, porra?! Deixa milhões passando fome, sem uma educação descente e tá tudo bem? Tá estranho, cara!
Mas quem é que tá errado?
Esse é o diferente do Brasil: vc não sabe quem tá errado. Muita gente desceu o pau nos estudantes que protestaram aqui em Vitória, falaram que foram tratados que nem bandidos pq agiram como bandidos. Em parte eu até concordo, mas me diz então: de que outro jeito eles iam chegar perto de conseguir alguma coisa? Cria uma criança sem mostrar pra ela que ela pode usar um garfo e uma faca pra comer, e quando ela ficar adulta, leva ela prum jantar chique e pede pra ela comer direito. Depois me fala como ficou. Agora cria um povo sem mostrar pra eles que existem leis, respeito e punição justa, e depois, na hora da merda, pede pra eles agirem do jeito certo. Não existe isso, cara! O povo nem sabe o que é isso!
E aí eu te pergunto denovo: quem é que tá errado?

Independente da resposta, a mudança tem que ser feita.

Eu nem ia publicar esse texto ainda. Falei pra esse meu amigo que eu citei aí em cima que ia deixar o texto anterior ter mais um tempo na primeira página, mas acabei lembrando que não foi pra isso que criei esse blog.
Ele nem sequer sabe que ele foi a inspiração pro texto. Eu mesmo, nessa tempestade de idéias, só descobri isso depois.

Não sou nenhum revolucionário, nem tô propondo solução nenhuma, mas como diz a música que deixo aqui pra finalizar o post: "muda, que quando a gente muda o mundo muda com a gente / a gente muda o mundo na mudança da mente / e quando a mente muda a gente anda pra frente / e quando a gente manda ninguém manda na gente"
Até Quando - Gabriel O Pensador - grande ídolo e inspiração

Eu sei que vai entrar por um ouvido e sair pelo outro em muita gente, mas vou ficar feliz com o mínimo que eu conseguir.

Aqui vos fala um brasileiro

iPad 2 e Considerações

Boa noite, tudo bem com vcs?

Eu não sei quem são vcs. Sei quem são alguns, mas alguns não são todos. Mas eu espero que vcs estejam bem. Pelo menos os que obedecem os pais, tiram boas notas e não usam drogas. Mentira, eu não sou que nem o Papai Noel, que só dá presente pra quem não existe. Se é que vcs me entendem.

Como nenhum de vcs já sabem, eu não tenho formação nenhuma na arte da escrita. Estou estudando para futuramente produzir hieróglifos (também conhecidos como receituários médicos), mas formação de verdade, não tenho nenhuma. Mesmo assim, eu gosto de testar alguns tipos diferentes de textos.

O normal mesmo é eu sentar na frente do computador num momento de inspiração e ficar escrevendo sobre um assunto específico, de um jeito específico. Hoje é um teste de uma coisa diferente: sentar e escrever sobre qualquer coisa não-específica. Agora vc me pergunta: pq vc vai fazer isso?

Então. Eu ganhei um iPad 2 há algumas semanas atrás, e eu gasto um bom tempo do meu dia fora de casa com ele. E como a maior parte do meu dia é fora de casa, eu fico mais tempo com ele do que com aquela lata velha que meu pai insiste em chamar de computador. E como eu gosto desse negócio de escrever, eu resolvi pesquisar algumas ferramentas no iPad pra escrever pro meu blog, e achei esse tal de Blogsy.

O Blogsy, pra quem não sabe, é uma ferramenta legal, que te permite escrever de um jeito legal pra publicar em um de seus blogs legais, isso tudo pela facada única de $4,99. E pq eu pagaria isso, se eu posso escrever 'di grátis' no meu PC? Primeiro pq eu quero. Mas o mais importante, é unir a nova proposta de textos sem tema e forma definidos com a vontade de manter o blog mais ativo. Agora eu posso escrever textos legais, ou não, com um tempo sentado em casa, ou desabafos engraçados/revoltados de dentro de um ônibus da faculdade voltando do estágio, ou sentado na biblioteca sem mais o que fazer. O blog fica mais ativo e todo mundo sai ganhando. Considerem essa tentativa e esse gasto como o meu primeiro investimento por vcs.

Claro que isso vai ser apenas uma tentativa. Uma coisa que vcs que lêem o blog podem fazer pra ajudar, é comentar, enviar e-mail, mandar recado no orkut/facebook, twittar, me ligar, mandar um pombo correio, com elogios, críticas e sugestões. E eu reforço: SUGESTÕES. Isso vai me ajudar a escrever, principalmente se vcs derem sugestões de assuntos que seriam interessante que eu comentasse com esse meu jeito ácido.

Pra finalizar, queria agradecer aos comentários já feitos, não só os comentários no blog, mas os que me foram feitos ao vivo, pelo twitter ou qualquer outro meio. Primos, familiares e amigos que estão acompanhando e dando a maior força, vcs tão ajudando pra caramba mesmo com a continuidade do blog.

E pra mostrar a eterna gratidão que tenho com meus amigos, aí vai um lindo momento de amor e companheirismo de dois dos meus maiores parceiros do dia-a-dia: um belo cochilo (também conhecido como 'bode') quase formando um coração. Que bonitinho amigos, tenho muito orgulho de vcs.

Aqui vos fala um iPadizado