segunda-feira, 9 de maio de 2011

Mãe é mãe

Já dizia um grande cara com quem tive palestra no Darwin uma vez: “mãe é mãe e pai é pai. Mas mãe é mãe, né”
Mãe é pai. Uma versão um pouco mais chata, que não te deixa fazer tudo que você gosta e que não entende quando você não pode levar ela em algum lugar porque marcou cinema com aquela garota. Mas é. (se você, leitor, for do sexo feminino, o papel é um pouco invertido aqui, provavelmente)
Mãe é filha. Pois é, ela soube como foi ser assim.
Mãe é gente. Um pouco menos que os outros, mas é.
Mãe namora. É, desculpa se você chegou até aqui achando que tinha vindo da cegonha. Desculpa outra vez, se essa cena não foi tão agradável.
Mãe erra. Erra em vários aspectos. Esse pequeno nariz no plano de fundo que vocês tão vendo é prova disso. Isso também é facilmente notado na minha sala de aula. Mãe que errou na educação do filho. Mãe que fez filha feia. É... Olhando por esse lado, muita mãe errou. Errou feio.
Mãe se diverte. Se diverte com a gente, se diverte com o parceiro, se diverte sozinha. Sai, come pizza, faz compra, assiste filme (a minha dorme).
Mãe enche o saco. Não sei a de vocês, mas a minha tem mania de me mandar ir dormir. Se eu aprendesse alguma coisa com ela cada vez que ela entrasse no meu quarto pra me mandar ir dormir... É, eu seria mãe também.
Mãe é sogra. Sogra não é mãe, mas mãe é sogra.
Mãe chora. A minha produz rios, mas é um caso particular.
Mãe se orgulha. Do seu primeiro sorriso, do primeiro pum, da sua formatura, dos textos que você escreve, das namoradas que arruma.
Mãe é tudo, né. Se ninguém tivesse plantado essa imagem de velho barbudo na minha cabeça, eu acharia que Deus era mãe. Se ninguém tivesse explicado que mãe era assim mesmo, eu acharia que mãe era Deus.
Nesse domingo, num almoço da família, depois de desejar ‘feliz dia das mães’ pra umas 237 tias, ouvi meu pai comentando que a saudação correta para esse dia seria ‘parabéns’, pois as mães devem ser parabenizadas por exercerem essa função. Eu tive pensando, e acho que a palavra mais adequada quando se trata de mãe é ‘OBRIGADO’.
Afinal, mãe é mãe, né?
Encerro essa postagem com um vídeo que achei muito legal. É um texto de Pedro Bial, narrado provavelmente pela Fernanda Montenegro.
Um grande beijo pra todas as mães.

Aqui vos fala um filho